14 de setembro de 2019

Cinco Pouco Notáveis Anos

   Caros leitores (ou internautas que tenham acidentalmente deambulado até estas paragens muito pouco usadas), completa o presente blog mais um ano, no decurso do qual escrevi exactamente nada. Não se tratou de mais uma daquelas ausências habituais, por escola ou por falta de inspiração, antes de uma situação externa e extrema que muito me tem afectado desde pouco tempo depois da minha entrada anterior. Uma situação que surgiu excactamente pela altura em que andava a alinhavar uma nova entrada – que, de resto, já pouco sentido fará agora. Sem querer entrar em pormenores que considero pessoais e privados, trata-se de um problema de saúde de um familiar próximo, a tal ponto que me tem sido impossível atingir o estado de espírito ideal para escrever aqui, para nem falar de ter vontade de o fazer.

   Mesmo se não fosse essa situação, suspeito que pouco teria feito para melhorar o sistema de ensino no ano que passou, a julgar pelos efeitos que as minhas palavras tiveram ao longo dos anteriores, pelo que talvez não me devesse mostrar sobremaneira preocupado, mas há pelo menos uma parte de mim que não quer acreditar que tudo o que fiz, e faço, e farei, foi em vão. Sou (tal como o meu familiar) demasiado teimoso para desistir, logo, não darei as minhas actividades contestatárias por encerradas, mas devo dizer que, de momento, de há muitos momentos para cá, valores mais altos se têm levantado, como espero que quem quer que esteja a ler isto e ainda se importe possa compreender. Também não considerarei, jamais, derrotadas a intenção e a ideia subjacentes a tudo isto, que, se isto fosse uma entrada como as fazia antes (e, não tenho a menor dúvida, como as farei mais tarde), voltaria a nomear, descrever e promover, mas suspeito que elas não constituam novidade para quem quer que seja que ainda me preste alguma atenção.

   Enfim… terei de dizer até para o ano? Espero que não. Não sei. Quero que isso me incomode, mas, de momento, estou tão habituado a situações incómodas e distintas daquele que deveria ser o normal rumo das coisas que pouco ligo. Decerto que não vieram cá (se é que cá vieram) para me ouvir queixar, pelo que me restará, apenas, desejar-vos boa contestação, se a tiverem dentro de vós… e bom ano lectivo a todos os outros.

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