26 de julho de 2015

Ideia: Plataforma de Esclarecimento de Questões

   Com base numa acumulação de situações em que algo estava mal num teste (fosse por haver mais do que uma resposta possível, fosse por a resposta considerada correcta estar incorrecta, fosse porque fosse) e na dificuldade em convencer a grande maioria dos professores desse facto, quando ocorria, surgiu-me, há algum tempo, uma ideia que pretendo aqui partilhar, em mais um dos textos curtos que vos prometi. É certo que, da minha perspectiva, e numa situação ideal, não deveria haver testes, pelo menos não no formato a que estamos habituados, mas não me posso dar ao luxo de reflectir unicamente no âmbito do meu sistema. Assim, tenho de deixar aqui esta minha ideia.

   Acho que deveria haver algum tipo de plataforma on-line onde se pudesse enviar questões (de teste, subentenda-se) e receber a resposta correcta às mesmas (se possível, juntamente com uma explicação), mas sempre com a garantia de tudo ser, à falta de melhor expressão, double-blind: nem quem responde sabe quem pergunta, nem quem pergunta sabe quem responde. Idealmente, essa plataforma permitiria a quem pergunta classificar a pergunta de acordo com a disciplina e essa pergunta seria automaticamente encaminhada para um professor (ou um qualquer outro especialista na matéria) com qualificações suficientes para lhe responder, coisa que faria com a maior brevidade possível.

   Em termos informáticos, não haverá, decerto, grande impedimento na criação de uma plataforma desta natureza; o problema seria sempre conseguir com que os especialistas estivessem disponíveis para responder às questões, e isso implicaria, como é óbvio, algum tipo de remuneração. Ora, isto, por sua vez, obrigaria a que essa plataforma fosse suportada ou por algum tipo de instituição filantrópica (o que não seria, de todo, impossível, muito embora se me afigure como pouco provável), ou pelo Estado (o que talvez acarretaria uma perda da imparcialidade da plataforma, ao deixar em aberto a possibilidade de se subjugar o seu desempenho aos interesses da entidade que a financiaria, mais provavelmente o Ministério da Educação), o que constitui um primeiro obstáculo a ultrapassar.

   Um problema adicional seria a possibilidade de um utilizador mal intencionado enviar vezes sem conta a mesma pergunta, no intuito de frustrar os especialistas e/ou de obter, por extenuação, uma resposta favorável, o que, de certa forma, contraria o propósito da plataforma. Mas, por outro lado, não se pode excluir a hipótese de a resposta de um especialista não ser suficientemente conclusiva, não deixando o consulente esclarecido; tendo isto em conta, também deveria ser possível o envio repetido de uma questão. O problema seria mesmo conseguir um equilíbrio entre estas duas coisas.

   Mas enfim. Todas estas coisas que disse fogem, um pouco, à minha intenção original, que era, meramente, a de aqui registar esta minha ideia, de modo a que, se assim o desejarem, os meus leitores a comentem e discutam. O espaço de comentários fica, assim, à vossa disposição.

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